sexta-feira, julho 28, 2006

SÉRIE - ÍDOLOS HISTÓRICOS: NECO

NECO - Histórias:

PRIMEIRO GRANDE ÍDOLO- Nem sempre os ídolos corintianos são gênios com a bola nos pés, mas conquistam a Fiel com muita raça e amor à camisa. E poucos jogadores na história do clube demonstraram tais sentimentos à camisa alvinegra quanto Manoel Nunes, o Neco.

Aliando uma vontade de vencer incomensurável, que beirava a indisciplina, a um faro de gol invejável, ele foi o primeiro ídolo do Timão.

Neco foi o jogador que mais tempo atuou pelo Corinthians. Começou aos 16 anos, no terceiro quadro, e dois anos mais tarde, em 1913, já fazia suas participações no time principal. Dali até 1930, quando parou de jogar, só esteve em campo com a camisa de outra equipe em 1915, quando o Alvinegro rompeu com a Liga Paulista de Futebol (LPF), não disputou competições oficiais e o emprestou para o Mackenzie.

Mesmo assim, não negava ser "corintiano de coração". Naquele ano, o clube fundado no Bom Retiro vivia grave crise financeira e, ameaçado de fechar as portas, teve todos os móveis penhorados. Preocupado, o atacante forjou um assalto à sede corintiana e guardou tudo em local seguro, longe dos olhos e do alcance dos cobradores da penhora.

De volta ao clube que tanto amava, Neco conquistou mais seis títulos do Campeonato Paulista (já havia vencido em 1914) e foi o artilheiro das edições de 1914 e 1920. Com facilidade incrível para balançar as redes, ele foi o primeiro corintiano, ao lado de Amílcar, a ser convocado para a seleção brasileira. Marcador máximo no Campeonato Sul-Americano (hoje chamado de Copa América) em 1919, terminou a carreira no Timão com 239 gols em 313 partidas.

UMA GLÓRIA POR CEM ANOS- A década de 20 foi gloriosa na historia do clube. Em 1920, amargou um terceiro lugar (com 13 vitórias, um empate e três derrotas) e o campeão foi o rival Palestra Itália. Mas a resposta veio em 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, e da Semana de Arte Moderna. Quem vencesse o Campeonato Paulista, além do título, seria declarado Campeão do Centenário, uma glória válida por 100 anos, até a nova disputa, em 2022.

Na final, a garra corintiana de Neco e Del Debbio bateu o Paulistano de Friedenreich e Formiga. Com gols de Tatu e Gambarota, o Timão alcançou um feito lendário. E o prazer de 22 foi duplo: o Corinthians conquistou também a taça Cântara Portugália, e justamente em cima do Palestra Itália.

Nos anos seguintes, o Timão ratificou sua hegemonia no Campeonato Paulista, conquistando o primeiro tricampeonato da sua historia. Para fechar com chave de ouro, o clube chegou à maioridade inaugurando o Parque São Jorge, ícone da nação corintiana, que se transformaria no maior clube da América Latina.

Em 1929, o Timão mostrou sua raça num embate sul-americano, batendo o temido Barracas, da Argentina, conseguindo a primeira vitória internacional. O feito entusiasmou o jornalista Thomaz Mazzoni, que chamou os jogadores de mosqueteiros. O apelido pegou e o mosqueteiro virou mascote do clube. Até o dicionário Aurélio registra: mosqueteiro é sinônimo de corintiano.

Um fato curioso abriu a década. O campeonato de 1920 ficou marcado por uma briga generalizada num jogo contra o Palestra Itália. Segundo o folclore da época, Neco teria recebido 500 mil réis para "amolecer" a partida. O atacante teria embolsado a bolada, avisado os companheiros e usado o dinheiro para bancar a festa da vitória.

1928 - FAZENDINHA "ABRE A PORTEIRA"!- Em 22 de julho, o clube, que no início teve de coletar 6 mil réis — uma caixa de batatas custava menos do que isso — para comprar uma bola inglesa para treinar, juntou dinheiro suficiente para reformar e inaugurar a sede no Parque São Jorge. Um gol-relâmpago marcou o jogo de abertura. Aos 29 segundos do primeiro tempo, Alexandre de Maria, o ponta-esquerda que mais gols fez na historia do Timão, abriu o placar contra o América. Resultado final: 2 a 2, com dois gols de De Maria, um gigante de 1,90m.

No campeonato, São Jorge abençoou mais um título e "protegeu" o goleador Neco. No jogo decisivo, o Timão venceu a Portuguesa por 2 a 1. Os rivais reclamaram impedimento e o dirigente luso Benedito Bueno invadiu o campo. Neco revidou com uma "voadora" e Bueno respondeu sacando uma arma, mas foi contido por policiais. O Corinthians acumulou dez vitórias, um empate e uma derrota, com 41 gols a favor e 12 contra.

NECO ETERNO- Até hoje, a imagem e memória de Neco estão reverenciadas no Parque São Jorge por uma estátua. Manuel Nunes, o Neco, é talvez a melhor imagem do amor com que as pessoas comuns se ligam e se dedicam ao Corinthians. Durante 18 anos, ele vestiu a camisa do Corinthians, de 1913 a 1930, período em que conquistou oito títulos paulistas (1914, 16, 22, 23, 24, 28, 29 e 30). Antes de estrear no time principal, ele já havia jogado dois anos nos chamados segundo e terceiro quadros do clube em campeonatos varzeanos.

Chegou ao clube com 16 anos e construiu a imagem de símbolo da garra corintiana em campo, posto que, nos momentos em que a equipe tomava um gol, tinha como hábito buscá-la no fundo da rede, colocá-la debaixo do braço e convocar os companheiros para a reação.

CURIOSIDADES, TIRA A CINTA NECO!- O atacante dava tanta importância às partidas do Alvinegro que encarava os adversários e ameaçava tirar a cinta para intimidá-los. Empolgada, a torcida gritava: "Tira a cinta, Neco!". Há quem diga que ele chegou a obedecer e correr atrás do jogador Nascimento, da seleção carioca. O espírito guerreiro do atleta, que dizia não jogar por dinheiro, mas por amor ao Corinthians, lhe rendeu um busto no Parque São Jorge, honraria exclusiva durante muitos anos.

Jogadores adversários temiam NECO nosso primeiro grande heroi!

Não percam na próxima semana mais histórias sobre nossos grandes ídolos.
Abraço a todos amigos corintianos, Márcio.

quinta-feira, julho 27, 2006

VEM AÍ A SULAMERICANA


A Conmebol divulgou hoje as datas e horários dos jogos da fase brasileira da Copa Sulamericana.

Jogo de ida - 06/Setembro/2006
Vasco x Corinthians
21:45 hs (Rio de Janeiro)

Jogo da volta - 13/Setembro/2006
Corinthians x Vasco
21:45 hs (São Paulo)

Quem passar desse confronto, jogará a 2a. fase (oitavas) do torneio contra o vencedor de um duelo argentino entre Lanus x Velez.

Boa sorte ao Todo Poderoso!

Abraços, O Elton.

SÉRIE - ÍDOLOS HISTÓRICOS

Amigos Corintianos, o Blog 1910 trará ao torcedor corintiano histórias e reportagens relacionadas aos nossos ídolos históricos.

Nada melhor começar esta série com um dos maiores ídolos do Sport Club Corinthians Paulista. Nesta sexta-feira traremos história de Manoel Nunes o "NECO", que foi o primeiro grande ídolo do Timão. Ele amava seu clube apaixonadamente e o defendia com garra e coração. Muitas vezes colocava o Corinthians como prioridade em sua vida. Esse foi um verdadeiro ídolo corintiano, ídolo de coração alvi-negro!

Agradeço a todos amigos que acompanham nosso Blog.
Abraços, Márcio

quarta-feira, julho 26, 2006

DUALIB, DIRETOR DE FUTEBOL?

Essa semana o presidente Dualib foi até o campo de treinamento do PSJ e comunicou que se tornará mais presente ao dia-a-dia do futebol do Corinthians, mais claramente falando, fazendo as vezes de um Gerente de Futebol.

Acho até saudável a presença do presidente do clube apoiando o time nessa fase complicada, situação tão pouco vistas nos últimos tempos.
Mas o que me preocupa sinceramente é que, seria o Dualib a pessoa certa pra ser o Dirigente específico do Futebol nessa hora?
Seria ele o líder da delegação pra acompanhar o elenco nas viagens, conviver nos Hotéis, ir aos vestiários ante e pós jogos?
Sinceramente, não acho.

Todos nós sabemos os problemas enfrentado pelo Dualib (justiça, família, idade) e não o vejo como o porta-voz da tranqulidade pra se passar ao grupo nesse momento.
E sabemos também que o Kia não entende patavinas (desenterrei isso) do dia-a-dia do futebol, ainda mais quando ele veste a figura de "superstar" da parceria e sai metendo os pés pelas mãos; e portanto, sendo assim é óbvio que ele também não seria essa pessoa.

Então, o que faria exatamente o Edvar Simões?
E o Nesy Curi?
Qual o papel do Paulo Angione(MSI) nesse aspecto?

Aí que me vem a figura do Parreira.
Mas como diz o impagável Vanucci, "a África do Sul... é logo alí...tsc".


Abraços, O Elton.

terça-feira, julho 25, 2006

O CORINTHIANS, POR SÓCRATES



Um dos grandes ídolos da história falando sobre o que é o Corinthians.

Abraços, O Elton.

segunda-feira, julho 24, 2006

PLANO DE CONTINGÊNCIA

Boa tarde, amigos!
Estamos todos tristes e estarrecidos com a atual situação do nosso amado Sport Club Corinthians Paulista. Digo isso não apenas por causa da nossa deplorável situação na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, mas pelo péssimo rendimento em campo ser apenas reflexo da atual situação do clube, vítima da péssima administração do Senhor Alberto Dualib, corroborada de 1 ½ pra cá da parceria com a MSI.

Não vou detalhar aqui os diversos problemas encontrados no clube, basta pesquisar ou freqüentar o clube um pouco para perceber algumas atitudes que nos deixam envergonhados, mas de forma resumida podemos dizer que vão desde a briga pelo poder, a ganância, o dinheiro e a total falta de comprometimento com o clube. Infelizmente o abandono e o descaso dão o tom no PSJ, muitos mandam, mas ninguém assume e este é um problema gravíssimo, nenhum barco navega sem capitão, ou ao menos, não navega pra direção correta.

Mas vamos a uma das propostas de solução, pois estes problemas já estão mais do que saturados:
É necessário que os Presidentes do Corinthians e da MSI Alberto Dualib e Kia Joorabchian respectivamente se reúnam e decidam o rumo do clube, mais precisamente do Deptº de futebol.
Sugiro que ambos se contentem em deixar a gerência do futebol na mão de quem entende do assunto, o nome de Carlos Alberto Parreira seria o mais indicado.
Dessa vez Parreira não deveria ser contratado apenas como treinador, mas sim como o homem a comandar o futebol alvinegro, ser uma espécie de Arsene Wenger do Arsenal, com autonomia total para decidir o rumo de contratações, dispensas, apostas em jovens talentos, organização do departamento de futebol, categorias de base, estrutura e outras questões ligadas ao futebol. Talvez ele nem precisasse ser o treinador mesmo, nesse caso provavelmente iria indicar a contratação de Émerson Leão, seu amigo e profissional considerado gabaritado por Parreira, mas essa é uma discussão secundária, onde cada amigo terá uma opinião diferente.

Kia e Dualib deveriam cumprir apenas com as obrigações pertinentes, ter humildade para reconhecer que se não podem contribuir continuarão apenas atrapalhando. Que Dualib cuide apenas do patrimônio do clube, que no futebol apenas cumpra a obrigação de assinar contratos e receber as medalhas e troféus em títulos conquistados. Por sua vez o Sr. Kia que negocie contratos de patrocínios nos valores que vem conseguindo negociar, que pague pelos jogadores indicados, invista na estrutura da maneira indicada por Parreira.

Muito se falava em Chelsea da América do Sul, digo que a grande diferença não está apenas no dinheiro de seus investidores, mas sim na gestão e no comando, lá o Sr. Abramovich contratou Peter Kenyon, renomado gestor de futebol do Machester e deixou o futebol em seu controle ao lado de José Mourinho, grande treinador que indica contratações adequadas ao time. Montaram um elenco equilibrado que ainda não ganhou tudo, mas está sempre chegando nas fases decisivas e com muita força e isso pra um time que não tem de longe nossa tradição e nem a força de nossa torcida.

Desculpem a qualidade do texto e talvez a bagunça na demonstração da idéias, mas vejo que se Dualib e Kia deixarem o comando do futebol pra quem tem capacidade, poderiam ser úteis em não atrapalhar e o Timão estaria no rumo certo.

Vão questionar, ah, mas tem jogadores vagabundos, jogadores medíocres, e tudo mais. Digo que acredito no trabalho e na hierarquia, se o comando existe, ou se respeita ou vão embora, aí as coisas funcionam e os resultados aparecem.

Saudações aos irmãos corintianos.
Fernando Galã

À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

Hoje eu poderia entrar aqui e "metralhar" contra tudo e contra todos.

Afinal o jogo contra o Fortaleza que deveria ser a nossa redenção, só nos empurrou para a parte mais baixa da tabela com o empate em casa por 2x2.
Poderia até dizer que os primeiros 10 minutos o time correspondeu, correu, botou pressão, criou chances de gol.

Poderia até ressaltar a boa partida que fez o garoto Ramon, camisa 50, e que abriu o placar do jogo.
Até poderia dizer tudo isso, mas não vou.

O que eu quero dizer e faço questão de fazer uma reflexão, é que o Corinthians precisa mesmo nesse momento é de lucidez e calma, ou como se diz por aí, muita calma nessa hora.

Um bom psicólogo talvez ajudaria.
O Corinthians mesmo com todo o lado negativo de atuações ruins da maioria de seus jogadores, tecnicamente falando, está psicologicamente em frangalhos.
Desde o técnico, passando pelos maus dirigentes, pelos ausentes responsáveis pelo futebol, pelos jogadores e até a sua torcida.
Todos, sem exceção, estão a beira de um ataque de nervos.

E a atitude do Tevez ao comemorar o segundo gol, mandando a torcida se calar ao invés de comemorar, foi um pífio retrato disso.


Não vou aqui julgar a atitude em si, pois acho inclusive que cada torcedor deve ter sua opinião pessoal sobre o fato ocorrido.
Mas, quando um atleta que é o maior ídolo da atualidade chega a esse ponto, é porque a situação está no limite.
Alguns pode até achar que já passou desse limite, mas entendo que o ocorrido não foi um fato isolado, e sim uma conseqüência de vários erros.

E o que vejo sinceramente é que se as pessoas que amam esse clube e com um mínimo de senso de inteligência, não buscarem uma tranqüilidade maior pra que se trabalhe forte, firme e incessantemente, o buraco pode se transformar em um muito maior do qual o que já estamos agora.
Eu sei, vão dizer que o Corinthians sempre é puro coração, mas dessa vez chegou a hora de agir diferente.
Com a razão.

Acho que chegou a hora da trégua.
Chegou o momento de se desprender de opiniões e pontos de vistas contraditórios e formar uma corrente só, com um único objetivo.
Só assim pra se renascer.

Abraços, O Elton.