sexta-feira, junho 08, 2007

O EXEMPLO QUE VEM DOS PAMPAS

Há cerca de dois anos atrás devido a viagens de trabalho tive a oportunidade de conhecer a capital gaucha, Porto Alegre. Devo confessar que fiquei muito bem impressionado com a organização da cidade e nível cultural das pessoas. E tem mais, como aquela gente ama sua terra, suas tradições e seus costumes! Chega a dar raiva... E eu que sou paulistano, nascido e morador atual do bairro da Mooca achava que amava São Paulo e, durante essas viagens, percebi que meu sentimento não chega nem aos pés daquilo que os gauchos sentem pelo seu chão.

Mas, falando de futebol... Como torcedor Corinthiano acompanho e torço pelo o TIMÃO em qualquer lugar e em qualquer hora, mas como amante do futebol sempre me chamou a atenção a forma como os times gauchos( principalmente Inter e Grêmio ) jogam, bem como a rivalidade que é muito forte e aguerrida. Mas, sabem exatamente a importância que um tem para o outro, tanto que o presidente do Internacional em 2003 escreveu e publicou nos jornais portoalegrenses uma belissima carta ao Grêmio em comemoração aos seus 100 anos de existência. Coisa impensável na medíocre cabeça dos dirigentes dos clubes paulistas!

Por que uso esse espaço Corinthiano para falar de adversários?
Porque não dá para ficar indiferente ao que esses times vem fazendo no futebol brasileiro nos últimos dois anos. Principalmente o Grêmio, que nesse período está marcando sua trajetória com verdadeiros jogos, ou seria melhor dizer batalhas épicas. Desde daquele jogo contra o Naútico até ontem fica díficil acreditar que um time pode superar tanta adversidade para ganhar campeonatos, mata-matas e coisas afins! Sua torcida parece que não está nem aí para os adversários, apóia sem parar o time como se estivesse em estado de transe.
Amigos meus que não são gremistas e tiveram oportunidade de ir ao Olímpico assistir jogos do Grêmio na Libertadores dizem que é assustadora a forma como a torcida apóia e participa do jogo.
Não importa quem são os jogadores, os diretores, a arbitragem, etc, o foco deles é a instituição Grêmio!
Sou sincero em dizer que até hoje procuro respostas para entender o que está levando esses caras a chegarem tão longe.

Será que é a torcida que faz a diferença?
Será que é o humilde Mano Menezes e sua forma de trabalhar?
Será que são os dirigentes que tem uma mentalidade diferente?
Será que é fé e devoção?
Ou talvez seja tudo isso junto?


Só sei que hoje eles de alguma forma estão chegando as finais e ganhando títulos e deveríamos tomá-los como exemplo para construção de uma trajetória vencedora no mundo do futebol. Talvez, seguindo esse exemplo possamos recuperar aquela mística corinthiana de que eu tanto tenho saudade e que hoje os times gauchos parecem possuir.
Tentar sentir a alegria que meu pai sentia de apenas poder ver seu amado Corinthians em campo nem importando muito o resultado, nem importando se ganharia o título ou não. Ser devoto como muitos aqui dessa comunidade fizeram num passado nem tão distante assim...

Bastam ver os filmes sobre a invasão de 76 qdo os jogadores chegaram em SP depois da partida e a cidade toda parada pela festa que a Torcida Corinthiana fazia.
Assistindo o documentário com meu pai arrogantemente perguntei: - Pra quê essa festa toda sem nem tínhamos ganho o campeonato brasileiro de 76?
E meu pai prontamente respondeu: - não precisava ganhar o campeonato. Só esse jogo valeu por dez títulos!

Romântico e invejoso eu?
Pode até ser, mas não posso esconder que vendo a trajetória dos gaúchos atualmente fica difícil não ser...

Ricardo Borsari - ONG Corinthians
Texto originalmente publicado na Comunidade "Corinthians 1910" do Orkut

domingo, junho 03, 2007

O ERRO FOI RECUAR

O clássico de hoje na Vila começou do jeito que já se imaginava, com o Corinthians bem compacto pressionando o Santos na saída de bola. E enquanto se posicionou dessa forma o alvinegro do Parque São Jorge ditou o ritmo mesmo sem criar grandes chances de gols. Porém em um escanteio, Fábio Costa falha e Zelão abre o placar.
Daí até o fim do primeiro tempo o Corinthians teve oportunidade de matar a partida com duas grandes chances, uma quase sem querer do Clodoaldo e um gol feito perdido pelo Willian em jogada do Everton Santos.

Mas no segundo tempo, Luxemburgo mudou o jogo e colocou a defesa corinthiana sob pressão.
E Carpegiani não soube lidar com essa situação; e pra piorar trancou o time, tirando Clodoaldo e colocando Bruno Octávio.
Não demorou muito pro Santos empatar.
E o Corinthians levou sufoco até o fim, mas ao menos conseguiu segurar o empate.

Uma coisa parece que ficou clara nessa partida, o Corinthians não pode depender sempre da criação do Willian, pois quando acontece dele estar bem marcado ou não estiver num dia inspirado, a bola acaba não sendo trabalhada com qualidade no meio campo e o time fica retraído tomando sufoco.

O Elton