FREIO DE MÃO PUXADO

Ao contrário de domingo, o Corinthians dessa vez entrou em campo de branco, arremessou a camisa pra torcida e jogou, enfim, de roxo.

Jogou, modo de dizer, pois apenas "cozinhou" a partida, fez 2x0 com Diogo Rincón e André Santos e se classificou para a próxima fase da Copa do Brasil.

A COR DA DISCÓRDIA

Apesar da polêmica entre torcedores e do Andres Sanchez ter "amarelado" no jogo contra o Marília e mandado o time jogar de branco, a nova camisa roxa segue batendo recordes de venda.

Se esse era o intuito, parece que o Marketing do clube está conseguindo efetivamente alcançar o seu objetivo.

FICOU TUDO PRA ÚLTIMA RODADA

Corinthians 3x1 Marilia

Cheguei há pouco do Morumbi, e me parece que ao assistir ao vivo, as opiniões são completamente diferentes.

Primeiro que não achei o jogo tão feio assim como alguns comentários que lí ou ouví.

E se o Corinthians não fez uma grande partida (como de fato não fez), ví algumas boas perspectivas com o Fabio Ferreira jogando como zagueiro, mas com total liberdade pra ir ao ataque e ser um elemento surpresa pela direita.
Por alí, fez duas grandes jogadas onde recuperou a bola e partiu pra cima da defesa adversária, um resultou em gol, logo no início e outra o goleiro do Marilia fez boa defesa, quase no fim do jogo e antes do terceiro.

Uma coisa que me irrita nesse time do Corinthians é de que após fazer um gol, normalmente o time relaxa demais, adota uma postura passiva, e se retrai.
Traz sempre o adversário pra cima, e o que é pior, perde o volume de jogo que seria importante manter após o gol.

Isso é realmente uma coisa que o Mano precisa acertar, pois não precisa sempre trazer o time pra defesa após fazer um gol. Muito pelo contrário, tem situações de que o adversário toma um gol, fica "grogue", e consequentemente, mais fácil pra se fazer o segundo e matar a partida.
Essa postura, ao meu ver, tem de ser corrigida.

Bóvio mais uma vez mostrou que é um jogador limitado e que pouco acrescenta ao meio campo da equipe, o que parece comprovar ser a opção errada ao escalá-lo desde o início, e depois ao não substituí-lo durante a partida.

André Santos, pra mim não foi surpresa, jogando solto graças a sustentação que o Carlão dá naquele setor na parte de trás fez uma vela partida ofensiva, curiosamente ainda mais depois da saída do Diogo Rincón.

Herrera brigador, é um cara que tem uma capacidade técnica limitada mas uma vontade louvável pra jogar pelo Corinthians.
Mereceu o gol.
E um destaque individual pro Willian, que zagueiro, que jogador, que líder.

Uma partida pra testar o coração, e que valeu em muito pela disposição e pela luta do time que não se entregou, porém, ainda insuficiente para que possamos depender exclusivamente de nossas forças na última rodada.
Agora, dependemos dos três pontos em cima do Noroeste em Bauru, somados a pelo menos um empate nas partidas do São Paulo contra o Juventus, ou do Santos contra a Ponte.