sexta-feira, junho 29, 2007

FORA DUALIB – 1ª VITÓRIA

Parabéns à pequena parte da nação corinthiana que está engajada neste movimento. Pequena em números de pessoas realmente dispostas à diretamente lutar pela queda do velho, mas gigante no barulho, na garra, nas idéias e no corinthianismo.

O dia ontem começou muito cedo para os guerreiros que foram ao aeroporto recepcionar o nosso presidente. Quatro e pouco da manhã já estavam em Cumbica e de lá saíram frustrados com a fuga do presidente e seu escudeiro pela polícia federal.
Tarde tensa, novidades surgindo a todo o instante: não vai ter reunião, vai ter, não será mais voto nominal e aberto, não vão deixar entrar no PSJ, madeiras são colocadas nas grades do clube para que a torcida não veja os conselheiros entrando.

Por volta de 5 da tarde o movimento toma corpo no clube. Torcedores na porta, de nada adiantou colocar as madeiras, pacificamente já iniciam seus protestos. Sócios dentro do clube já fazem o corpo-a-corpo com os conselheiros. Tudo pacificamente, organizado, sem dá margens à manobras para que se cancelassem a reunião, alegando falta de segurança, algo que a situação estava doida para que ocorresse (o que era um bom sinal para nós).


O CORI está reunido e decide por 14 votos a 3 convocar nova reunião do conselho para daqui a cerca de um mês, com o objetivo de se discutir novamente a parceria. Vai chegando o horário da reunião do conselho deliberativo. Cerca de 300 torcedores recepcionam os conselheiros com pedidos de reprovação já e Fora Dualib. Dentro do clube panfletos são distribuídos com os mesmos pedidos.

Oito da noite e a reunião já está começando, juntamente com a nossa espera que seria longa. A votação das contas era o quarto e último item da pauta, o que nos deixava receosos de que alguma manobra poderia ocorrer. Para nossa surpresa, notícias vindas da reunião indicavam um andamento razoavelmente rápido da mesma.

Chove no PSJ, mas a torcida continua firme protestando.
Destaque para o conselheiro Rubens Approbato Machado, que faz um discurso duro contra seu Alberto Dualib, pedindo para que este tenha o discernimento de pedir sua renúncia e com isso tentar sair do clube pela porta da frente. É ovacionado. Os debates são acalorados, como não poderiam deixar de ser numa reunião do conselho corinthiano. Boas notícias chegam do salão nobre: a reprovação é iminente. A situação fica sem rumo e desesperada. Os dois vices que tanto deram entrevistas nos últimos dias, propagando maravilhas, contratações, investimentos, parecem estar sem forças, acoados, nada falam. Seu Alberto apela: diz que é uma vergonha o que estão fazendo com ele e chega a afirmar que o Movimento Fora Dualib é financiado pela oposição. Andrés Sanches teria dado 1 milhão de reais para o grupo. É desmentido pelo mesmo, que afirma nada ter a ver com o Movimento Fora Dualib.

Dez horas da noite e a torcida é obrigada a parar com cantos, bateria, etc: moradores de prédios vizinhos reclamam do barulho. Com isso e o horário avançado o número de torcedores que permanecem no clube, esperando o fim da reunião, diminui.
A madrugada vai chegando e numa provável tentativa de tumultuar a reunião, a vereadora e conselheira Miriam Athiê faz um discurso inflamado em defesa de Dualib. “Não é justo o que estão fazendo com o “seo” Alberto”, pede “um voto de confiança”. Mais confusão, porém logo depois a votação começa. Sinais que as contas serão reprovadas chegam com cada vez mais forças, principalmente com conselheiros ligados à situação saindo da reunião após votarem –e com caras de poucos amigos. Inclusive a nobre vereadora, que foi calorosamente “homenageada” pela torcida em sua saída.

Enfim, quase uma da manhã, chega a notícia que tanto esperávamos: pela primeira vez em 14 anos de gestão o presidente Alberto Dualib tem suas contas reprovadas pelo conselho deliberativo. Pela primeira vez ele não tem a maioria dos conselheiros ao seu lado. A torcida vibra, a alegria toma conta de todos, juntamente com a sensação de dever cumprido e o cansaço.


Vencemos uma batalha, mas a guerra está apenas começando. Nosso estatuto não prevê nenhuma sanção ao presidente pela reprovação das contas. Porém, ele não tem mais apoio e força política suficiente para continuar seu mandato. A renúncia seria a única atitude digna a ser tomada pelo presidente e seus vices neste momento, evitando que o Corinthians sofra ainda mais com um desgastante processo de impeachment. Nossos próximos passos deverão ser bem planejados.

“O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time.”
FORA DUALIB!!!


Donato Votta

Nenhum comentário: